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Os gambás existentes em Curitiba, que habitam praticamente todos os parques da cidade, são dos tipos orelha branca e orelha preta. Medindo de 50 cm a 70 cm, eles são chamados também de ''espécie oportunista'', pelo fato de se beneficiarem da proximidade com os seres humanos e das ''facilidades'' encontradas nas ruas e quintais das cidades, principalmente alimentos.
De acordo com a bióloga Tereza Cristina Margarido, chefe da divisão de assistência veterinária do Passeio Público, está sendo formada uma comissão de especialistas, incluindo representantes da Prefeitura de Curitiba e de Ongs, para estudar os problemas de fauna urbana. Não só para avaliar a incidência de gambás na Cidade, como também de pombos e morcegos, entre outras espécies.
Embora possam ser portadores de raiva e de micoses que podem afetar o sistema respiratório humano, os gambás não costumam atacar. ''Eles são tímidos e medrosos, só atacam se forem provocados'', afirma a bióloga.
O incômodo causado pelos gambás não é justificativa para que o animal seja caçado, adverte o Ibama. A legislação ambiental diz que os animais silvestres, grupo em que estão incluídos os gambás, são propriedade do Estado.
O artigo 29 da Lei número 9.605/98 determina que matar, perseguir, caçar, apanhar e utilizar espécies da fauna silvestre nativa ou em rota migratória sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, resulta em pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.
A coordenadora do núcleo de fauna do Ibama-PR, Eunice de Souza, reconhece que o gambá já se tornou uma ''espécie-problema'', mas afirma que, ao encontrar animais no forro da casa ou no quintal, o morador não deve tentar capturá-los, e sim, afugentá-los. Um dos recursos possíveis, segundo ela, é usar repelentes específicos, vendidos em lojas de produtos agropecuários.
Evitar deixar latas de lixo no quintal, especialmente com restos de comida, e utilizar telas para fechar aberturas no teto das casas também são outras medidas que devem ser adotadas para manter os animais à distância. ''De nada adianta fazer armadilha, capturar o gambá e manter os mesmos hábitos. Eles acabam voltando. O importante é não dar condições para que esses animais se aproximem'', ressalta a analista ambiental.
O Ibama não retira os animais das casas, mas pode recebê-los, quando, eventualmente, são capturados, e encaminhá-los ao Cetas. Liberar em áreas verdes os animais capturados também exige supervisão do órgão, já que essa atitude pode acabar aumentando a população de animais em uma determinada região. (L.X.)
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