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O Cisto Dentígero em equinos é pouco frequente e se caracteriza por um aumento de volume e uma fistula de drenagem de secreção viscosa / mucóide na base da orelha. Essa doença é resultante de uma anormalidade do tecido embrionário odontológico, durante o fechamento da primeira fenda branquial.
O Cisto Dentígero é identificado em eqüinos jovens, independentemente do sexo ou raça, desenvolve-se de forma lenta e, normalmente se localiza junto à porção petrosa do osso Temporal, região frontal ou seio paranasal, com a maior freqüência para a localização temporal. Devido a sua localização fistulosa é comum os proprietários de cavalos associá-lo a uma afecção dos ouvidos (otites).
O Cisto Dentígero pode conter elementos dentários isolados ou combinados (dentina, cemento e esmalte).
Em geral, sua manifestação clínica ocorre aos dois anos de idade, sendo observado com maior frequência na base do pavilhão auricular, região subauricular, unilateralmente ou bilateralmente (vide Figura 1). Os sinais são de aumento de volume, com trajeto fistuloso a margem da pina (base da orelha), com liberação de secreção mucóide de coloração branca.
Figura 1 - Exemplo de Cisto Dentígero |
O diagnóstico baseia-se no histórico, avaliação clínica e radiográfica (vide Figura 2) da área afetada. As imagens radiológicas apresentam áreas circunscritas radiopacas de forma ovalada, com bordas irregulares sobrepondo a porção petrosa do osso Temporal. Os tecidos moles podem apresentar aumento em sua radiopacidade, de aspecto homogênio / heterogênio em porção rostral à massa em estudo (abscesso / canal fistuloso?)
Figura 2 - Avaliação clínica e radiográfica |
O tratamento consiste na excisão cirúrgica do tecido, sendo necessário seu recalcamento devido sua consistência pétrea e aderência ao osso temporal.
Há relatos de casos de lesão neurológica temporária no VII Nervo Craniano (nervo facial), desenvolvendo ptose palpebral, auricular e labial pós cirúrgico.
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